Para quem procura uma equipe de parto domiciliar no Rio de Janeiro, com excelente formação técnica, não intervencionista e que respeita a fisiologia do parto e o protagonismo da mulher e sua família:
20 de fev. de 2015
4 de fev. de 2015
Até quando nossas vaginas serão cortadas?
Por: Kalu Brum, em Olhar Mamífero.
Não há maneira mais eficiente de manter uma sociedade
alienada do que fazer as mulheres ficarem distraídas com seus próprios corpos.
Ou diria, vaginas?
Recentemente vi uma matéria que dizia que as cirurgias
plásticas agora entraram no mundo das vaginas.
Se existe um lugar que eu acho que não cabe tesouras e
agulhas desnecessárias é a vagina!
Segundo o relatório da Sociedade Internacional de
Cirurgia Plástica, o Brasil lidera o ranking das labioplastias.
Acredite ou não mas 9.043 brasileiras se submeteram a
cirurgia para corrigir o que consideravam imperfeições nos lábios vaginais. O
número corresponde a mais de 16% do total de labioplastias no mundo.
Desses procedimentos a grande maioria é por razões meramente
estéticas.
Nossas vaginas, há tempos, tem sido infantilizadas. Eu
penso que parte dessa infantilização se deu por causa do parto.
Enquanto as partes eram olhadas por mulheres, amparadas
por mulheres, os pêlos, estavam lá, para mostrar nossa parte selvagem. Depois
se foram os pêlos para que os médicos pudessem fazer uma entrada limpa,
infantilizando até no chamado (mãezinha) as partes íntimas. Uma vagina infantil
para ser cortada.
Foi nesta época em que a episiotomia ganhou espaço
deixando marcas no períneo (na alma, na moral) como castigo por ser mulher e
querer parir.
A tricotomia (raspagem dos pêlos vaginais) e a
episiotomia (corte do períneo) são práticas corriqueiras em quase 90% dos
míseros partos normais que temos no Brasil (48%). Práticas consideradas hoje
como parte da gama de violência obstétrica em que 1 a cada 4 mulheres, segundo
a Fundação Clóvis Salgado sofrem para terem seus filhos.
Décadas mais tarde a vagina foi então aposentada do
divino ato de dar a luz para que as cirurgias, que as brasileiras tanto amam,
entrassem em cena.
As cesáreas passaram a ser feitas muitas vezes com a
lipoaspiração e plástica abdominal. Fortalecendo o culto alienação através da
distração com o próprio umbigo (ou vagina e peitos).
Um estudo publicado na revista Annals of Plastic Surgery
sugeriu que entre as mulheres que receberam implantes cosméticos de seio, o
índice de suicídio era três vezes maior do que a média. O estudo examina as
causas de morte entre 3.257 mulheres suecas que realizaram implantes de seios
entre 1965 e 1993.
O estudo tenta provar que as não é o implante nos seios
que faz as mulheres se suicidarem. Mas sim as mulheres que fazem a cirurgia
possuem transtornos.
A não aceitação de si mesma é, talvez a grande lacuna que
o mercado procura usar para manter as mulheres alheias de si mesmas e de seus
processos.
Apesar de não ter achado nenhum artigo que diga que os
implantes de silicone não atrapalhem a amamentação, minha experiência empírica
é outra: conheço muitas mulheres que tiveram muito problema com amamentação
devido ao silicone.
Se os seios servem apenas para adoração masculina, agora
as mulheres estão querendo padronizar suas vaginas para que fiquem
esteticamente perfeitas.
Uma justificativa comum para opção da cesárea é o tal
medo da Perereca Frouxa.
Mas quando o bebê nasce ele rasga tudo?
Podem acontecer laceração em caso de saída muito rápida
do bebê (meu caso), cicatrizes de episiotomias anteriores, já que é uma região
de fibrose e fragilidade dos tecidos, com potencial maior para rupturas.
Aí você pode se perguntar: não seria melhor fazer uma
episiotomia para evitar laceração? Você tem 60% de chance de não ter laceração
nenhuma e que seu períneo fique íntegro. Ou, se houver lacerações, elas podem
cicatrizar melhor do que uma episio.
Quando não há episiotomia no Parto Normal existe a possibilidade
de acontecer as lacerações espontâneas de primeiro grau (lesão de pele e
mucosa) e mais dificilmente as de segundo grau, (lesão de músculos). As
estatística apontam que as lacerações de segundo grau ( semelhantes as episios)
tem uma melhor cicatrização e menos dor do que as episios.
E a tal perereca frouxa?
A pereca frouxa tem pouca ligação com o parto e muito
mais com a gestação. O peso que o neném exerce no assoalho pélvico, de
constituição física e de hábitos que a mulher tenha podem levar a uma perda da
musculatura.
Ao invés de mutilarmos nossas vaginas para que fiquem
esteticamente bonitas, porque não exercitá-las, usá-las para que tenhamos muito
prazer, para que possa exercer sua deliciosa função de se abrir para a chegada
de uma criança.
Por que não depilá-la (ou não), permitir que seja
lambida, livre. Sem cicatrizes de partos violentos ou ausentes de uso pelo não
parto.
Que possamos olhar além de nossas vaginas e lutar pelo que
realmente faz sentido: o direito de parir e usar a vagina como a gente bem
entender, sem tabus ou mutilações.
Um salve para as vaginas reais e seus lábios de todas as
formas. Pelo fim da necessidade de atender esteticamente aos desejos
masculinos. Porque a beleza de ser mulher é SER.
FONTE: http://vilamamifera.com/olharmamifero/ate-quando-nossas-vaginas-serao-cortadas/
FONTE: http://vilamamifera.com/olharmamifero/ate-quando-nossas-vaginas-serao-cortadas/
3 de fev. de 2015
Relato de meu primeiro parto, em 2002
Isso talvez não devesse estar aqui porque afinal relata
tudo, desde boa parte da gestação até o parto em si, e não só fala de
episiotomia...
Mas o meu objetivo é me expor, falar do que passei e
assim ajudar algumas mulheres...
Afinal, a episiotomia não acontece sozinha... Ela faz
parte do todo que é o modelo obstétrico tecnocrático, intervencionista e que
não considera a gestante e o bebê como protagonistas, mas sim o médico, adotado
no nosso país (e, infelizmente, em boa parte do mundo!).
Eu fui bem atendida, tive um médico que deve ser um dos
melhores que haviam no país em 2002 e que, ainda por cima, aceitava plano de
saúde - minha única opção na época, além do SUS, que também não era dos
melhores.
Na época do parto e alguns anos depois eu dizia que
seguia adorando aquele obstetra e que não tinha nada a depor contra ele... Hoje
em dia, 12 anos depois e depois de muito ler e de muito ser ativista do parto
humanizado e baseado em evidências científicas, eu posso dizer que ele me
ajudou na época, que ele fez o melhor do que ele acreditava ser adequado, mas
hoje em dia guardo certa mágoa por ele não ter se atualizado, como espero que
todo médico, todo cientista faça. Sinto-me triste pelas intervenções que
passamos, entendo que um tanto daquilo foi violência obstétrica, desnecessária.
Entendo que não fui consultada sobre os procedimentos, que não me foram
explicados as razões de cada um deles, nem os riscos, nem as consequências.
Até 2003, quando escrevi o relato de parto que se segue,
eu não tinha lembrança ruim do parto... Pelo contrário... As críticas que fiz
mais se direcionavam ao modelo de parir no nosso país, que desde então já
poderia ser diferente. Hoje em dia acho que cada profissional de assistência ao
parto que não se atualiza, que não considera a mulher, o bebê e a família
protagonistas, que faz intervenção desnecessária, que violenta de certa forma a
autonomia e a inteligência da mulher está errado porque falha seriamente em seu
compromisso com o cuidado, com o obstare.
Na época que minha filha nasceu eu não sabia quase nada
para questionar, para dizer que sim ou que não, para fazer diferente, para
chamar a responsabilidade do MEU parto pra MIM, e entreguei sim tudo na mão da
equipe médica... Tive sorte em não ter sido levada a uma cesariana
desnecessária, que de todos, era meu maior medo. Só lutei para não passar por
uma cesariana.
Levei dois anos para digerir a episiotomia, não consegui
amamentar minha filha mais que 3,5 meses, e ela em nenhum momento recebeu leite
materno exclusivamente porque desde o berçário deram complemento pra ela. Além
disso, guardo uma mágoa e culpa (a qual sei que não devia guardar!) pelo fato
de não termos estado juntas na primeira hora após seu nascimento, por ela ter
ficado no berçário por 6 horas à toa (seu Apgar ao nascer foi 9/10) e por minha
pequena ter passado por banho desnecessário, vitaminas e procedimentos
desnecessários (aspiração de vias aéreas, vitamina K, credé, etc.) em seus
primeiros momentos de vida.
Leiam, se quiserem...
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Relato do Parto da Ana (por Bartira, nascida em 1977, carioca, moradora do Rio de Janeiro)
28/02/2002 - Parto normal, hospitalar, com intervenções.
O parto da minha filha foi bom considerando-se que na época
eu tinha pouca informação e achava que o único lugar para parir era o
hospital... Eu não sabia direito a necessidade real de se fazer episiotomia e
nem a necessidade de outras intervenções, embora soubesse que queria fugir de
uma cesárea desnecessária a todo custo. Acabei então passando por muita coisa
desnecessária no parto sem nem saber o porquê... Alguém resolvia pra mim e por
mim porque eu não tinha conhecimento para isso...
Tive ainda a sorte de ter um médico obstetra bom e que
recomendei pra amigas, adepto do parto normal, mas isso infelizmente não é a
realidade neste país, muito menos na nossa cidade! Os médicos que temos por aí,
em sua maioria, não se atualizam ou, quando o fazem, escolhem as piores fontes!
Muitos não sabem mesmo como auxiliar (veja bem: auxiliar e não fazer) partos
normais dignos. Não compreendem a mulher e sua fisiologia porque não acreditam
nela! Sei também que muitas vezes a mulher prefere se ausentar da
responsabilidade de seu parto, deixando tudo nas mãos do médico, mas isso aí já
é outro papo (não era o meu caso, por mais desinformada que eu estivesse)...
Eu cheguei no consultório do meu médico com 8 meses de
gestação fugindo do segundo cesarista pelo qual passei na gravidez. Ele foi
muito melhor do que eu podia esperar, era de plano de saúde, e as consultas que
tive com ele no pré-natal foram muito boas. A DPP era 02/03/2002.
Por que fugi do segundo cesarista? Porque o segundo
médico que estava comigo viu na ultra que a minha filha "ainda estava
sentada no oitavo mes" e começou a falar de uma possível/provável cesárea!
Além disso, nessa mesma consulta, vi o médico colocar pressão numa gestante que
estava na 40ª semana pra fazer uma cesárea sem entrar em TP naquele mesmo dia
porque ele ia viajar e ela ia "ficar nas mãos de qq um" (usando
palavras do próprio médico).
Já tinha fugido de uma outra médica antes desse. Ela
também me parecia cesarista. As consultas dela não passavam de 10 minutos e a
espera na ante-sala era de 2 horas (pasmem!). Ela não me explicava quase nada,
só media minha barriga, me pesava e fazia exame de toque toda consulta. Quando
eu queria perguntar algo, ela dizia que era "cedo para esse assunto".
No dia em que entrei em TP sabia desde de manhã
(27/02/2002) que seria aquele dia. Fiquei em casa andando, tomando banho,
relaxando. Liguei pro médico, mas ele não acreditou que já era a hora, afinal,
geralmente primigesta demora a parir!
Seis horas da tarde meu marido chegou da rua (ele fazia
mestrado e tinha que finalizar um relatório e entregá-lo naquele dia - desde de
manhã não falei nada das coisas que estava sentindo para ele afim de não
perturbá-lo na finalização e entrega do tal relatório), voltei a ligar pro
médico. As contrações estavam fortes e não contei intervalo (nunca prestei
atenção nesse lance de intervalos das contrações e nenhum médico havia me dito
para prestar atenção nisso)... Ele me disse que não devia ser a hora, mas que
se eu quisesse podia ir pra Clínica. Chegando na Clínica Santa Bárbara, ao
passar por exame de toque do plantonista, estava com 5cm de dilatação. Fui pra
internação às 22hs... Depois pro quarto, tomei banho e tentei relaxar um pouco.
As contrações eram fortes! Eu estava meio perdida e meu marido, coitado, mais
ainda.
23:30 chegou o anestesista. O obstetra já estava vindo.
Eu fiquei com medo das dores das contrações, ali naquele quarto de hospital com
meu marido, tão inexperiente quanto eu, e não questionei a analgesia quando já
estava com 7cm de dilatação. Acho se tivesse tido uma doula, ou estivesse em
casa ou numa casa de parto, com alternativas naturais para o alívio da dor,
teria conseguido ficar sem a analgesia! Mas ali, deitada, me sentindo meio
só... Foi difícil aguentar! Não havia conversado sobre anestesia com meu
obstetra, nunca, e quando o anestesista chegou eu liguei pro obstetra, ele
disse que não tinha problema eu tomar a anestesia... Aceitei, muito sem
informação. Fui levada para a sala de pré-parto e o médico aplicou uma
micro-dose da raquidiana e introduziu um cateter para uso da peridural em gotas
conforme fosse necessário. Eu tinha mesmo medo da dor!
Fiquei na sala de pré-parto deitada, com soro contínuo
(exigência do anestesista porque era preciso ter uma "via de acesso em
caso de emergência") sem ocitocina, pelo menos (é o que me disseram)! Os
médicos iam e vinham analisando a evolução do trabalho de parto. Até que eu ia
bem! Estava com sede e só podia beber goles de água...
Depois da anestesia as contrações deram uma parada e tive
que ficar deitada de lado para ver se voltavam com alguma força. Não soube
quando a bolsa estourou, e vi que em algum momento o obstetra fez uma manobra
com a própria mão pra "reposicionar" minha filha que "não estava
na posição certa", ainda dentro de mim.
4 horas manhã do dia 28/02/2002... O médico disse
"Vamos pra sala de parto?"... Fiquei semi-deitada no centro
cirúrgico, frio, claro demais, com as pernas naqueles aparadores, e os médicos
me orientando quando fazer força porque eu não sabia quando deveria fazê-la
(não sentia as contrações de fato por causa da analgesia e nem conseguia
prestar atenção na rigidez de minha barriga pra saber quando estava numa
contração, não controlava meu parto!)...
Ele deu uns toques com o dedo na minha vagina e períneo e
eu disse que sentia (não sentia 100%, mas sabia que ele estava mexendo ali).
Ele me deu anestesia local e fez a episio (disso eu não gostei porque não fui
avisada, embora soubesse o que estava prestes a acontecer e embora confiasse
nos procedimentos do meu médico). Mais alguns comandos de voz ("faz força,
faz força" e eu obedecia)... Fiquei meio desesperada um momento e tive o
consolo da neonatologista que estava lá... Era a única mulher me apoiando
naquela hora. Meu marido de mãos dadas comigo, mas meio atônito também. O
médico me dizia para ficar calma e não gritar, fazer força. E de repente passei
pela manobra de Kristeller (tb não gostei disso, porque não fui consultada, eu
sequer esperava que isso ia acontecer)... Foi uma grande dor essa manobra
(soltei um grito das entranhas), eu senti a queimação do expulsivo - essa
queimação é chamada, nos círculos femininos e místicos, de "círculo de
fogo" - (apesar da anestesia, que depois vim a saber que era em bem baixa
dose mesmo) e o obstetra me chamou para me erguer e ver minha filha nascendo
(com a manobra, saiu a cabecinha de minha filha) e fiz mais uma força sozinha e
minha filha nasceu inteira... Ele perguntou ao meu marido se ele queria cortar
o cordão e ele não quis (de nervoso!). A minha filhota linda foi colocada em
cima de minha barriga e a neonatologista fez os procedimentos necessários ali
mesmo, em cima de mim (aspiração, limpeza, e mais alguma coisa). Não me esqueço
nunca do olhar dela para mim; não chorou, só me olhava com os olhos mais
profundos e brilhantes que vi na vida. Reparei em cada pedacinho dela e no meio
do turbilhão vi meu marido com lágrimas nos olhos pela primeira vez na vida
(ele não chora!). O médico deu os pontos da episio, minha filha foi pro berçário
ficar 6 horas na incubadora sem necessidade (quer dizer, eu creio que foi sem
necessidade porque um bebê que nasce com Apgar 9 e o segundo Apgar também é 10
não deve ser mantido em incubadora por tanto tempo; acho que foi por
recomendação de rotina) e eu fui pro quarto, esperar o efeito da anestesia
passar e esperar que ela viesse ficar comigo, esperei também pela hora em que
podia comer alguma coisa, pois estava com muita fome, e esperar pelo banho,
porque estava doida para me lavar!
Esse parto foi como foi... Deitada, soro, analgesia, meio
que tímida, comandada. Cortada pela episio e amassada pela Kristeller... Eu não
tinha o poder dado pela informação que tenho hoje.
No próximo parto espero não deixar: analgesia, empurrão
na barriga e episio.
E, se possível, gostaria de parir na minha casa!
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Atualmente estou grávida de novo. Meu pré-natal está
sendo feito com uma enfermeira obstetra e uma obstetriz. Tenho uma médica
obstetra de backup com a qual elas estão acostumadas a trabalhar e a quem
recorreremos se houver necessidade de assistência médica no trabalho de parto
ou parto.
O pré-natal que faço agora é baseado em recomendações que
são científicas e não só de protocolo ou rotina.
Sigo sendo uma gestante de risco habitual, ou baixo
risco, nossa saúde vai bem e planejamos o parto domiciliar.
Acredito que gestações de baixo risco não devem e não têm
que ser acompanhadas por médicos, que partos desse tipo não precisam ser com
médicos nem em hospital.
Sei que os riscos para mim, secundigesta de baixo risco, e pro nosso bebê são menores num parto domiciliar fisiológico, com uma equipe técnica preparada, do que num hospital tradicional, onde há muito mais riscos de que soframos intervenções desnecessárias e onde, seguramente, não conseguirei ser eu e deixar meu corpo e do nosso bebê trabalhar.
Sei que os riscos para mim, secundigesta de baixo risco, e pro nosso bebê são menores num parto domiciliar fisiológico, com uma equipe técnica preparada, do que num hospital tradicional, onde há muito mais riscos de que soframos intervenções desnecessárias e onde, seguramente, não conseguirei ser eu e deixar meu corpo e do nosso bebê trabalhar.
Por nada nessa vida deixo que me façam uma segunda
episiotomia, nem uma nova manobra de Kristeller, não vou parir deitada com as
pernas nas perneiras, nem com alguém me dizendo quando eu tenho que fazer força
ou não. Meu corpo saberá.
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